Páginas

terça-feira, 17 de março de 2009

Uma nova campanha

Parece piada este post escrito pelo Greg. Infelizmente não é - vejam o link que dá acesso a uma matéria bem legal publicada pelo jornal sorocabano Cruzeiro do Sul: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=42&id=158787

Essa é a típica medida feita pelo típico político que não tem o que fazer, ou melhor: tem muito a fazer, não faz - como grande parte de nossos homens da lei - e inventa bobagens para aparentar alguma ação efetiva perante a opinião pública. Romeu Tuma, o eterno xerife da ditadura militar no Brasil, autor da asneira a qual comento aqui, que o diga.

Há tempos venho debatendo esse assunto com colegas, principalmente por linkar com outro tema bastante semelhante, o do músico profissional. Não que DJs sejam músicos, muito longe disso, mas os musicistas não necessitam de nenhum tipo de diploma para exercer sua profissão - um registro da Ordem nacional, a OMB, entidade que existe nas aparências, uma vez que pouco ou nada faz por esses esforçados profissionais, basta, a despeito de existir um curso superior de grande qualidade, mas com certeza, não necessário para exercer o cargo.

Assim como um escritor de livros, um vaqueiro que laça bois, um web designer, entre outras inúmeras atividades remuneradas, não necessitam de um diploma, o mesmo deve ser aplicado aos DJs. Acho uma grande idéia regulamentar a profissão - tal como foi feito com a profissão de diarista alguns anos atrás, ou com a do próprio músico, citado anteriormente - para dar direitos inerentes a qualquer trabalhador em um regime não escravo de labor. Da regularização à obrigatoriedade do diploma temos uma vala enorme.

Obrigar um jovem programador de discos a passar quatro anos de sua vida estudando com prováveis picaretas - que muitas vezes saberão menos do que ele - um assunto que ele aprendeu na prática, é um desaforo!

Faço uma proposta para os nossos queridos políticos brasileiros, já que eles adoram inventar leis cuja aprovação só poderia se dar num país como o nosso, comandado por eles: por que, a partir de 2009, não lançamos a obrigatoriedade do diploma de ensino superior a políticos?

Quem sabe a faculdade não ensine estes a se tornarem um pouquinho mais atentos a seus cargos, a trabalhar com algo de seriedade e com um pouquinho de ética. Talvez, com um currículo obrigatório, esses homens e mulheres, tão apaixonados por fazer leis, aprendam também a cumprir e respeitar as mesmas.

A campanha está aberta:

Diploma para políticos já!

3 comentários:

Anônimo disse...

Você abordou o assunto de uma forma interessante. Misturou música com política. Acho legal essa abordagem, já que raramente as pessoas param pra pensar em quantas exigências têm, e quanto isso é pouco aplicado quando se trata da administração do próprio país.

Para ser porteiro tem que ter o segundo grau completo. Para ser DJ tem que ter curso superior. E para ser presidente? Precisa ser carismático...

Anônimo disse...

teste

Anônimo disse...

Apesar de achar que um diploma aos políticos não ajudaria em nada, acho que o exemplo ilustra o que passamos neste país: o que vale para a gente não vale para eles. E a discussão, como bem aborda o "Cruzeiro do Sul", não se estende aos realmente interessados por esse assunto. Conheço alguns DJs, e não vi de nenhum deles apelo nenhum para a ideia. É mais um "grande projeto" de homens como Tuma, hoje aliado de uma suposta "oposição" que não faz nada para alterar a tão criticada "situação" que comanda o Brasil. A farinha do mesmo saco que iguala os DJs na obrigatoriedade do registro de trabalho (e que demonstra não entender nada do assunto), é a mesma que faz todo o esforço para não regulamentar e nem limpar sua própria classe.

Postar um comentário