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terça-feira, 31 de março de 2009

Bob Marley poderá virar marca de cerveja


Mesmo depois de sua morte, parece que o Bob Marley não terá descanso tão cedo. O Cantor é um dos maiores fenômenos de marketing na música mundial.

Depois de ter seu nome vinculado a inúmeros serviços, passando de Spa a parque de diversões e produtos de materiais escolares a sedas para enrolar baseados, e até mesmo o próprio baseado (a Phillip Morris já patenteou a marca “Marley” prevendo que, em um futuro próximo, a maconha seja legalizada), a novidade agora é a cerveja do Bob Marley.

Campanha humorística fictícia sobre a marca de cigarros Marley's

Há pontos de vistas conflitantes de parentes de Bob Marley sobre a recente decisão de sua família de usar sua imagem para uma nova linha de produtos, incluindo pranchas de snowboard e cerveja.

A esposa do cantor, Rita, defende que o negócio fechado com a companhia canadense Hilco, tem como objetivo impulsionar a lenda de Marley pelo mundo através do marketing. Mas Ziggy Marley, o filho mais velho do cantor, diz que ele está preocupado com seu pai tornar-se um produto.

A Hilco será responsável pelo suporte à marca “Marley”, assim como outras ligadas a ela, como a gravadora Tuff Gong e o museu de Bob Marley. A lista vai mais longe, Acessórios dos mais diversos, desde as usuais camisetas estampadas a uma linha mais requintada de vestuários esportivos, comes e bebes, instrumentos musicais, serviços como restaurantes, cafeterias, hotéis, resorts e até mesmo vídeo games e produtos para computador.

“Temos uma marca que já está carregada, mas tem áreas que podíamos estar melhor. Então eles (Hilco) disseram, ‘Vamos ajudar vocês’. “declarou Rita recentemente ao jornal Jamaica Gleaner

O negócio fará com que a empresa Hilco procure usos legais da imagem e nome de Marley. Mas a principal investida que da empresa será com a marca de roupas “Catch a Fire” de Cedella, filha de Bob Marley, lançando diversos produtos, que incluem uma cerveja Marley.

Falando ao Gleaner de Los Angeles, na semana passada, Ziggy disse que ele está “cético” quanto ao negócio com a Hilco.

“É uma decisão de família, mas eu não concordo plenamente com isso. Quero ter certeza que tudo está de acordo com a mensagem de meu pai, então verei como as coisas vão correr”, disse ele.

Já Sua mãe não vê nada de errado em produzir a cerveja Marley.

“Eu bebo cerveja, Bob bebia cerveja, seus amigos também bebiam. Ele nunca tomou (outros tipos de) álcool, mas ele amava Guinness”.

"Crack down"

O CEO da Hilco, Jamie Salter, tem a tarefa de mediar os negócios da marca e de acabar com a pirataria com o nome Marley. Ela disse ao CBC News do Canadá que os produtos Marley faturam 1 bilhão de dólares anualmente.

Bob Marley era um rastafari e um oponente do “sistema”. Muitos de seus sons tinham temas de revolta que o fizeram um ícone da contracultura de sua época.

Músicos como Bob Dylan e Bruce Springsteen não gostam do comercialismo em torno da imagem, enquanto outros como Rolling Stones já fizeram mega turnês patrocinadas por gigantes como a cerveja Budweiser.

Crescimento Significante

A imagem de Marley cresceu consideravelmente desde sua morte de câncer aos 36 em 1981. Legend, uma compilação, com seus mais conhecidos sons, vendeu mais de 15 milhões de cópias pelo mundo e é um dos álbuns que mais duraram no catálogo da Billboard.
A família Marley deu o nome do cantor para que usassem em diversos lugares, incluindo um parque temático na Flórida e um spa que abriu nas Bahamas em 2007.

Spa que leva o nome de Bob Marley em Bahamas

segunda-feira, 23 de março de 2009

Show do Wailers em São Paulo: Saiba como foi

(Foto: Vicky Machado)

A noite do show do Wailers já começou com atraso. A começar por nossa parte. Chegamos por volta das sete da noite a banda Leões de Israel havia acabado de começar sua apresentação, que estava prevista para um pouco além das cinco horas. Isso ocasionou um efeito dominó, atrasando as outras apresentações como a do Planta Raiz e Wailers.

Com uma apresentação cheia de vocais e performances em palco, o Leões de Israel abriu a noite, devemos admitir que nos surpreenderam, mais até que os Wailers, que se já não bastasse previsibilidade das músicas que seriam tocadas, eles ainda tiveram a coragem de tocar o álbum Exodus (1977) inteirinho, seguindo até mesmo a ordem das músicas, sem pôr nem tirar.

Com mais de duas horas de atraso, os Wailers entraram um pouco depois das dez da noite. Abriram com"Natural Mystic" seguido de "So Much Things To Say", "Guiltiness", "The Heathen", "Exodus", "Jamming", "Waiting In Vain", "Turn Your Lights Down Low", "Three Little Birds" e quando acabou a tracklist do álbum Exodus, vieram as clássicas que não poderiam faltar, "One Love" e "No Woman no Cry", que soou como um coro cantado por todo o público, estimado em quatro mil pessoas no espaço das Américas , que tem capacidade para oito mil.

Os Wailers são das poucas bandas de Reggae que conseguem chamar tanta gente e com um público tão diversificado e ao mesmo tempo massificado. Eram incontáveis as pessoas com camisetas do Bob Marley. Nossa idéia foi entrevistar e conseguir depoimentos de diferentes estilos de pessoas acerca do Reggae. A abordagem era tranquila, fazíamos as perguntas e o pessoal já se empolgava respondendo entre gritos de 'Positive Vibration', 'Reggae é Bob' e outras pérolas como:

"ahhh meu, é banda do Bob né, pura cannabis vibration", "ahhh eu curto bastante de musica jamaicana, Ponto, Tribo, Groundation(!?!?!) e bob é claro !"

Nosso gravador não estava nos ajudando, mas quem conseguir captar algo, está bem legal!

Devido as caixas, que ficavam apenas em frente ao palco, o som ficou a desejar, principalmente aqueles que ficavam mais para o fundo. Pelo menos havia um telão transmitindo o show, o que não deixava o povo do fundão decepcionado. O salão do evento era espaçoso e muito bem ventilado.Se na maior parte do show, as músicas tocadas eram previsíveis, as surpresas mesmo vieram para o final, quando finalmente o Wailers tocam algo da década de 60 como “City Hypocrities”, “Thank you Lord”. Já estávamos ficando decepcionados papor não tocarem nada da fase inicial do Wailers. Apesar de que não foi tocado nenhuma música da fase Ska do Wailers, como a clássica “Simmer Down”, mas enfim, a alegria maior veio no finalzinho, quando cada instrumentista começou a solar nas bases de sucessos da Studio One (gravadora que iniciou os Wailers na música, tendo como mentor Coxsone Dodd). Clássicos riddims de grupos como Soul Vendors, Sound Dimension, Jackie Mittoo. Os sucessos Drum Song", "Real Rock" e "Rocksfort Rock". Muita gente nessa hora caiu do cavalo e ficou com um ponto de interrogação na cara esperando os sucessos cantados.

Mas com um pouco mais de duas horas de show e passada a meia-noite, para a tristeza de muita gente que foi embora de metrô, o Wailers encerrou sua passagem pelo Brasil neste ano.

Logo após o show ficamos em uma área reservada a espera Aston Barret, o único integrante original do Wailers, para nos conceder uma rápida entrevista. Mas estava difícil, ele não queria receber ninguém. Quando o encontramos ficamos sabendo o porquê disso. Era o clássico "momento relax dos jamaicanos". A Big Spliff!
Mas sabe aquela história de tão perto, mas tão longe ? Era a situação, uma grande muvuca em torno da porta do camarim, que era a única barreira que nos separava de Aston Barret. Em um momento o jurássico com uma típica ação de carteirada, intimou o segurança dizendo que era apenas uma perguntinha para uma matéria para a MTV. Auhuhauhauha. O Segurança abriu a porta liberando a nossa entrada. "Fazendo jus ao invasão Jamaica". Eis que estamos ali, e ao fundo do camarim estava Aston Barret, preparando seu "momento Relax jamaicano". Sentimos que aquilo tratava-se de um cronometro para nossa entrevista, uma espécie de ampulheta. Assim que ele terminasse o trabalho, adeus entrevista. Estavamos apenas com um gravador na mão, mas o barulho do camarim era grande, parecia uma festa. Aliás, era uma festa.

Chegamos todo sem graça, achando que ele nos responderia de uma forma indiferente. Mas que nada, o cara é muito simpático. Perguntamos qual a impressão que ele tem sobre a moderna música jamaicana e se ela está acabando com o Reggae (tema decorrente na Jamaica). A resposta veio em um inglês jamaicano carregado de um forte 'Patois' (sotaque dos jamaicanos). "isso são músicas para jovens", seguido de," Eles não estão matando nós (reggae), estão matando eles próprios", em um clássico conservadorismo dos velhos artistas jamaicanos.

O áudio está meio precário. Mas bastam em se tratando das palavras de Aston Barret

(Chaveirinho do Panta e Raiz, Aston Barret, Greg)

Jurássico, Aston 'Family' Barret, Greg

(Foto: Vicky Machado)

(Foto: Vicky Machado)

(Foto: Vicky Machado)

(Foto: Vicky Machado)

(Foto: Vicky Machado)

(Foto: Vicky Machado)


(Filmagem: Greg Fernandes)

domingo, 22 de março de 2009

The Wailers faz apresentação em São Paulo

Depois de ter cancelado oito shows no Brasil no ano passado, o lendário grupo jamaicano The Wailers fez apresentações em Porto Alegre, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e hoje se apresentará em São Paulo. O grupo é tratado por muitos como ícone musical jamaicano, mesmo apesar de hoje em dia, o grupo só conter um dos integrantes originais da banda, o baixista Aston Barret. Foi com o grupo Wailers, originalmente chamado de Wailing Wailers, que Bob Marley tornou-se o porta-voz do Reggae.

The Wailers em sua formação atual

Em 1962 Bob Marley foi escutado por um empresário musical chamado Leslie Kong que, impressionado, o levou a um estúdio para gravar algumas músicas. A primeira delas “Judge Not” logo foi lançada pelo selo Beverley’s. No ano seguinte Bob decidiu que o melhor caminho para alcançar o sucesso era em um grupo, chamando para isso Bunny e Peter para formar os "Wailing Wailers". O novo grupo ganhou a simpatia do percussionista rastafari Alvin Patterson, que os apresentou ao produtor Clement Dodd. Na metade de 1963 Dodd ouviu os Wailing Wailers e resolveu investir no grupo. O ritmo da moda na Jamaica então era o Ska que, com uma batida marcada e dançante, misturava elementos africanos com o rhythm & blues de New Orleans e que tinha Clement “Sir Coxsone” Dodd como um dos seus mais famosos divulgadores. Os Wailing Wailers lançaram o seu primeiro single, “Simmer Down”, pela gravadora Coxsone no fim de 1963 e em janeiro a música já era a mais tocada na Jamaica, permanecendo nessa posição durante dois meses. O grupo então era formado por Bob Marley, Bunny Wailer, Peter Tosh, Junior Braithwaite e dois backing vocals, Beverly Kelso e Cherry Smith.

Wailing Wailers em seu início de crreira
Bunny Wailer, Bob Marley e Pter Tosh

Nessa época chegou pelo correio a passagem que Cedella, que tinha se casado novamente e mudado para Delaware nos Estados Unidos, conseguiu comprar após muito esforço. Ela desejava dar a Bob uma nova vida na América, mas antes da viagem ele conheceu Rita Anderson e em 10 de fevereiro de 1966 eles se casaram. Marley passou apenas oito meses com a mãe antes de retornar à Jamaica, onde começou um período que teve importância especial no resto de sua vida. Bob chegou em Kingston em outubro de 66, apenas seis meses depois da visita da Sua Majestade Imperial, o Imperador Hailè Selassiè, da Etiópia, que trouxe nova força ao movimento Rastafari na ilha. O envolvimento de Marley com a crença Rastafari também estava crescendo e, a partir de 67, sua música começou a refletir isso.
Os hinos dos Rude Boys deram lugar a uma crescente dedicação às canções espirituais e sociais que se tornaram a pedra fundamental do seu real legado. Bob, então, convidou Peter e Bunny para novamente formarem um grupo, dessa vez

chamado “The Wailers”. Rita também começava sua carreira como cantora com um grande sucesso chamado “Pied Piper”, um cover de uma canção pop inglesa.
música jamaicana, entretanto, havia mudado. A frenética batida do Ska estava dando lugar a um ritmo mais lento e sensual chamado Rock Steady. A nova crença Rastafari dos Wailers os colocou em conflito com Coxsone Dodd e, determinados a controlar seu próprio destino, os fez criar um novo selo, o Wail’N’Soul. Mas, apesar de alguns sucessos, os negócios dos Wailers não melhoraram muito e o selo faliu no fim de 1967. O grupo sobreviveu, entretanto, inicialmente como compositores de uma companhia associada ao cantor americano Johnny Nash que, na década seguinte, teria um grande sucesso com “Stir It Up”, de Bob.
Os Wailers então conheceram um homem que revolucionaria o seu trabalho: Lee Perry, cujo gênio produtivo havia transformado as técnicas de gravação em estúdio em arte. A associação Perry / Wailers resultou em algumas das melhores gravações da banda. Músicas como “Soul Rebel”, “Duppy Conqueror”, “400 Years” e “Small Axe” se não foram clássicos definiram a direção futura do reggae. Em 1970, Aston ’Family Man’ Barrett e seu irmão Carlton (baixo e bateria, respectivamente) se uniram aos Wailers. Eles eram o núcleo da banda de estúdio de Perry e haviam participado de várias gravações do grupo. Os irmãos eram conhecidos como a melhor seção rítmica da Jamaica, status que continuariam ostentando pela década seguinte. Os Wailers eram então reconhecidos como grande sucesso no Caribe, mas internacionalmente continuavam desconhecidos.
No verão de 1971 Bob aceitou o convite de Johnny Nash para acompanhá-lo à Suécia, ocasião em que assinou contrato com a CBS, que também era a gravadora do americano. Na primavera de 72 todos os Wailers já estavam na Inglaterra,

promovendo ostensivamente o single “Reggae on Broadway”, mas sem alcançar bom resultado. Como última tentativa Bob entrou nos estúdios da Island Records, que havia sido a primeira a dar atenção ao crescimento da música jamaicana, e pediu para falar com o seu fundador, Chris Blackwell. Blackwell conhecia a fama dos Wailers e o grupo estava fazendo uma proposta irrecusável. Eles estavam adiantando 4 mil libras para gravar um álbum e para que, pela primeira vez, uma banda de reggae tivesse acesso as mais avançadas técnicas de gravação e fosse tratada como eram as bandas de rock da época.
Antes dessa proposta as gravadoras achavam que um grupo de reggae só vendia em singles ou compilações com várias bandas. O primeiro álbum dos Wailers, “Catch A Fire” quebrou todas as regras: era lindamente embalado e fortemente promovido. Era o começo de um longo caminho à fama e ao reconhecimento internacional. Embora “Catch A Fire” não tenha sido um hit instantâneo, o álbum teve um grande impacto na mídia. O ritmo marcante de Marley, aliado às suas letras militantes vinham com total contraste ao que estava sendo feito então. Além disso, a Island promoveu uma turnê do grupo na Inglaterra e nos Estados Unidos, o que era uma completa novidade para uma banda de

reggae.
Os Wailers chegaram em Londres em abril de 73, embarcando numa série de apresentações que mostraria sua qualidade como banda de shows ao vivo. Entretanto, após três meses, o grupo voltou à Jamaica e Bunny, desencantado com a vida na estrada, se recusou a tocar na turnê americana. No seu lugar entrou Joe Higgs, o velho professor de canto dos Wailers. A turnê americana incluía, além de algumas casas de show, a participação em alguns shows de Bruce Springsteen e Sly & The Family Stone, a principal banda de música negra americana do momento. Mas depois de quatro shows ficou claro que colocar os Wailers abrindo espetáculos poderia ser ruim para as atrações principais. A banda foi então para San Francisco, onde a rádio KSAN transmitiu uma apresentação ao vivo que só foi publicada em 1991, quando a Island lançou o álbum comemorativo “Talkin’ Blues”.
Em 73, o grupo também lançou o seu segundo álbum pela Island, “Burnin’”, um LP que incluía novas versões de algumas das suas mais velhas músicas, como: “Duppy Conqueror”, “Small Axe” e “Put It On”, junto com faixas como “Get Up, Stand Up” e “I Shot The Sheriff” (que no ano seguinte se tornaria um enorme sucesso mundial na voz de Eric Clapton, alcançando o primeiro lugar na lista dos singles mais vendidos nos Estados Unidos).
Em 74 Marley passou uma grande parte do seu tempo no estúdio trabalhando nas sessões que resultaram em “Natty Dread”, um álbum que incluía músicas como “Talkin’ Blues”, “No Woman No Cry”, “So Jah Seh”, “Revolution”, “Them Belly Full (But We Hungry)” e “Rebel Music (3 o’clock Roadblock)”. No início do próximo ano, entretanto, Bunny e Peter deixariam definitivamente o grupo para embarcar em carreiras solo enquanto a banda começava a ser conhecida por Bob Marley & The Wailers.

Agradecimentos a Jahman*


SAIBA +

THE WAILERS em São Paulo

Espaço das Américas
Dia 22/03 (Domingo), a partir das 17hs
Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda
Tel.: (11) 3829 4899
Ingressos: Primeiro lote - R$ 40 (com a apresentação da carteira de estudante ou 1 kg de alimento não perecível). Segundo lote - R$ 50 (com a apresentação da carteira de estudante ou 1 kg de alimento não perecível)
Capacidade: 8 mil pessoas
Censura : 18 anos.