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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Heaven and Hell: Black Sabbath no Brasil

Para quem gosta de Rock pesado – leia-se Heavy Metal – o ano de 2009 tem sido um prato cheio. Após os gigantes do Iron Maiden e os mascarados do Kiss terem aportado por terras tupiniquins, é a vez de mais uma lenda tocar em nossa humilde nação sul-americana.

O mês de maio recebe pela terceira vez os ingleses do Black Sabbath. Para quem não sabe, essa é a banda que revelou o carismático e esquisitão Ozzy Osbourne.

O grupo que teremos a oportunidade de assistir neste final de semana, é composto por Geezer Butler (baixo) e Tony Iommy (guitarras), ambos do line up original, Vinny Appice, baterista de vasta experiência, inclusive nesta banda, e, sem dúvida o grande destaque da turnê, o baixinho – e de voz única – Ronnie James Dio. Foi com essa
formação que o Sabbath gravou “Mob Rules” e “Heaven and Hell” (nome de batismo do grupo para esta turnê), que, na opinião deste que vos escreve, são os dois melhores álbuns da carreira deles.

Ronnie James Dio


Nascido nos EUA com o nome de Ronald Padavona, Dio começou como baixista e vocalista da banda Elf, de sonoridade extremamente interessante, mas foi no Rainbow, banda de Ritchie Blackmore, guitarrista e principal compositor do Deep Purple, que o magistral cantor ganhou os holofotes.

Após o fim do projeto, Ronnie James foi convocado para substituir Ozzy no Black Sabbath - pois este havia abandonado o grupo para seguir carreira solo - e foi aí que sua carreira realmente deslanchou. Em 1983, querendo alçar voos mais altos, o baixinho lançou seu primeiro disco solo: Holy Diver. Chamado a partir daí de, simplesmente, Dio, o vocalista tornou-se uma das mais respeitadas vozes do meio, além de ser figura emblemática no Metal pesado. Sabe os chifrinhos que os fãs do estilo tanto gostam de fazer com as mãos? Bem, foi ele quem os introduziu e popularizou, tornando-os, inclusive, inerentes à própria imagem Rock.

Heaven and Hell

A razão para o nome é muito simples: desde 1998, o Black Sabbath vem se reunindo com seu primeiro vocalista, Ozzy Osbourne. Por causa disso, o líder da banda, Tony Iommy (que já fez parte do Jethro Tull anos atrás, em 1969, mas isso é uma outra história), decidiu, por respeito à instituição do grupo junto ao cantor original, dar um nove nome diferente para excursionar nesta turnê. Optou-se então por Heaven and Hell.


Brasil


O Black Sabbath nasceu em 1969, mas, por incrivel que pareça, essa é apenas a sua terceira excursão pelo país – diferente do Maiden, por exemplo, que já veio 7 vezes para cá. A primeira deu-se em 1992, justamente com esse line up que está em turnê. Na época, a banda se reuniu, assim como agora, somente para fazer shows, nada de reuniões e novos discos, apenas concertos nostálgicos para fãs carentes. A passagem foi um sucesso estrondoso, com ampla cobertura midiática nas 6 apresentações realizadas na terra do futebol (3 em São Paulo, 2 no Rio e uma em Porto Alegre).

Dois anos depois, em 1994, a banda retorna para show memorável, no primeiro Monsters of Rock realizado no Brasil, com gigantes como Kiss e Slayer entre os conjuntos participantes. O vocalista à época era Tony Martin, competente, porém muito aquém da qualidade e carisma de Dio.

Dio também veio para cá com sua banda solo em 2001, no Credicard Hall, e, um ano antes, com o Deep Purple & Orquestra, quando tocaram por três noites consecutivas no Via Funchal, na capital paulista. A potente e inigualável voz do baixinho fez o vocalista do Purple, Ian Gillan, ficar roído de inveja, fato nitido, especialmente quando Dio adentrou ao palco e o público delirou como não havia até então, como se o concerto estivesse apenas começando – e já estava mais para o final.

Agora é acompanhar mais um belo show promovido por aqui. Não é todo ano que temos tanta quantidade e, principalmente, qualidade na escolha de nossos eventos rockeiros, portanto, é importante aproveitar o momento, apesar do altíssimo valor dos ingressos.

Ah, o show do Kiss foi fantástico, emocionante, vibrante! Falarei com detalhes sobre ele assim que possível...por enquanto, fica a dica do Heaven and Hell, amanhã e sábado, no Credicard Hall.
Um abraço!

Confira esse vídeo muito bacana do Black Sabbath tocando o clássico Paranoid com Ronnie James Dio nos vocais, em 1992, no Canecão (Rio de Janeiro):
http://www.youtube.com/watch?v=DDXr3RspXsY


Carreira solo de Dio no festival Wacken Open Air, na Alemanha: inigualável!
http://www.youtube.com/watch?v=1Sxc25uWqI8


Heaven and Hell na Itália! De arrepiar!
http://www.youtube.com/watch?v=b4VtbKrUKGQ


Heaven and Hell pelo mundo. Datas da Tour:

Maio 05 - Bogota, Colombia, Coliseo el Campin
Maio 07 - Buenos Aires, Argentina, Luna Park
Maio 08 - Santiago, Chile, Velodromo
Maio 10 – Belo Horizonte, Brazil, Chevrolet Hall
Maio 13 - Brasilia, Brazil, Ginadsio Nilson Nelson
Maio 15 - Sao Paulo, Brazil, Credicard Hall
Maio 16 - Sao Paulo, Brazil, Credicard Hall
Maio 17 - Rio de Janeiro, Brazil, Citibank Hall Rio
Maio 30 - Moscow, Russia, B1
Maio 31 - Moscow, Russia - B1
Junho 02 - Helsinki, Finland, Icehall
Junho 04 - Oslo, Norway, Spektrum
Junho 06 - Sölvesborg, Sweden, Sweden Rock Festival
Junho 08 - Giessen, Germany, Hessenhallen
Junho 09 - Berlin, Germany, Zitadelle
Junho 10 - Bamburg, Germany, Jakoarena
Junho 12 - Donnington, England, Download Festival
Junho 13 - Bergum, Holland, Waldrock Festival
Junho 14 - Karlsruhe, Germany, Europahalle
Junho 16 - Bonn, Germany, Museumsplatz
Junho 17 - Zürich, Switzerland, Volkshaus
Junho 19 - Clisson, France, Hellfest
Junho 26 - Dessel, Belgium, Graspop Festival
Junho 27 - Milan, Italy, Gods Of Metal.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O que a música Jamaicana tem a ver com Jazz ?

Boa parte da música Jamaicana deve muito ao Jazz. O ritmo foi muito bem incorporado pelo Ska com os improvisos dos trompetes soxofones e trombones e já bem conhecido por bandas como Skatalites e outras do estilo chamado Ska-Jazz.


Mas a relação do Jazz com o Early Reggae é mais inusitada. Mais ainda é a ligação do Jazz com rocksteady.


Aqui vai uma amostra de um rocksteady-jazz RARÍSSIMO de uma releitura de um clássico do Herbie Hancok, Cantaloup Island.
Nessa versão ela tem o nome de Cantaloupe Rock


 











 



Esse álbum é a prova da grande adaptabilidade do Reggae a outros ritmos, assim como é a prova de como o mercado fonográfico é falho em retirar de circulação obras recentes como essa, lançada em 1999, hoje em dia só é encontrada na mão de colecionadores no Ebay. Apesar do álbum ser de 99, as bases são clássicos da Studio One compreendidos entre o final da década de 60 e o começo de 70.

Coxsonne Dodd convidou o Trompetista jamaicano de Jazz Roy "Bubbles" Burrowes para improvisar em alguns de seus mais famosos riddims da Studio One. Acompanhando Roy Burrowes nos improvisos vieram os Saxofonistas norte-americanos Clifford Jordan e Charles Davis para incrementar um dos melhores álbuns de instrumentais de Early reggae e Rocksteady. A Maioria das bases são instrumentais do Sound Dimension, grupo base da Studio One, com alguns nomes como Jackie Mittoo, Roland Alphonso, Ernest Ranglin e Cedric Im Brooks.


 




















 


Para ouvir mais faxias desse álbum: http://youandmeonajamboree.blogspot.com/2009/01/roy-burrowes-with-clifford-jordan-and.html


 


 



Álbum raro!
Gravado em 1976 pelo selo Eve e produzido por Buster Riley.
Apesar do nome, esse álbum não remete tanto ao Jazz quanto o  álbum "Reggae Au Go Jazz". Mas é possível perceber os improvisos instrumentais de Tommy McCook. Faixas como a 'Caution' que demonstra bem esse estilo de 'Reggae Jazzistico' de McCook.
Tem até umas faixas típicas do Skinhead reggae como a faixa 'Collin'


 





























 


http://youandmeonajamboree.blogspot.com/2009/04/tommy-mccook-reggae-in-jazz-1976.html


 


 

New Cross Fire: Incêndio em festa com soundsystem deixa 13 mortos

O New Cross Fire foi um devastador incêndio em uma festa de aniversário, que matou 13 pequenas crianças negras em 18/01 de 1981 no sudeste de Londres. O caso recebeu uma grande repercursão devido ao fato da comunidade branca agir com indiferença ao acidente, até mesmo a Polícia Metropolitana de Londres foi acusada de esconder os fatos, criando protestos entre os ativistas políticos negros e até hoje é um mistério de como começou o incêndio. New Cross já era uma região conhecida por tensões raciais e por ser um local que havia constantes ações do National Front. Depois de 28 anos, familiares das vítimas ainda dizem que foi um incêndio criminoso!

'Na capa Sir Collins e seu filho Steve Collins'


Sir Collins, conhecido pelo hit 'Black Panther' produziu esse LP em memória de seu filho, Steve Collins. Com apenas 18 anos, Steve morreu enquanto tocava com seu sound system na famosa festa de New Cross Fire, sound system que foi dado de presente pelo seu pai, Sir Collins. Steve mandava muito bem nos scorchers e também era um bom cantor, na época foi reconhecido como o mais novo e melhor jovem cantor de Londres. Outros cantores de reggae também chegaram a comentar sobre o 'incêndio' nas suas músicas, como: Benjamin Zephaniah que gravou a música '13 dead' (Treze Mortos), Linton Kwesi Johnson ‘New Craas Massahkah’ e Johnny Osbourne que gravou a música: '13 dead and nothing said' (13 mortos e nada dito).


'Na contra-capa Steve Collins, filho de Sir Collins que morreu no incêndio tocando seu soundsystem'


Confira alguns sons desse LP que é uma obra de arte, tanto musicalmente quanto historicamente. A depressão de seu pai e seu imenso talento está exposto claramente nesse LP... Com vocês, Steve Collins...





























Para ouvir o resto do LP, clique aqui!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Imortais do Rock - entrevista com Edu Falaschi, vocalista do Angra

As bandas clássicas parece que não morrem: Kiss, Iron Maiden, Motörhead, Judas Priest, entre outros dinossauros do rock, aparentemente não tem membros feitos de carne e osso como somos nós, reles mortais. Recentemente, fiz uma entrevista com o vocalista da banda paulistana Angra - provavelmente o maior nome em termos de rock pesado no Brasil - para o jornal Diretriz sobre este assunto, e achei um desperdício não publicá-la, já que as declarações do cantor são muito interessantes e até surpreendentes.
Portanto segue, na íntegra, aquilo que Edu Falaschi - um cara muito gente boa - pensa sobre os "imortais" do Heavy Metal, e, de quebra, ele comenta sobre a nova turnê de sua banda principal - ele também canta no Almah - junto com o Sepultura, que chegará a São Paulo em maio. Está muito legal! Espero que vocês achem o mesmo:

Por que as bandas antigas, como Kiss e Maiden, trazem cada vez mais público para seus shows no Brasil. O próprio A-ha, que toca em lugares pequenos no exterior, quando vem pra cá sempre faz show lotados. Existe alguma coisa especial nos fãs brasileiros?

EDU FALASCHI: Infelizmente, é a cultura do brasileiro IDOLATRAR tudo que vem de fora, cansei de ver artistas do qual a carreira "é inexistente" no exterior, como "Double You", "Mafalda Minoze", "Richie", "Information Society", etc, e aqui é um tremendo sucesso. No caso do Maiden, essa banda é um fenômeno, lota estadios no mundo todo, quanto ao Kiss, o hiper "MARKETING" de suas atividades o transformou numa lenda viva, porém, a venda dos ingressos no Rio de Janeiro por exemplo está sendo ridicula, cerca de 3500 ingressos na primeira semana de abril. Mas devo confessar q a industria da música está em transição e no olho do furacão. Tudo é incerto e não existe ainda uma luz no fim do tunel realmente significativa. Mas independente de tudo o que falei, o melhor público pra shows do mundo é o brasileiro sem dúvida e digo isso com propriedade depois de tocar em quase todos os continentes.

Por que as pessoas se apegam tanto às bandas antigas? Bandas novas causam muito menos impacto nelas? - exemplo: Oasis ou o Simple Plan, que, anos atrás, tocaram para mais de 20 mil pessoas, irão tocar agora para 5, 6 mil, e bandas como Maiden, ou o Kiss, que nem disco lança há mais de 10 anos, parecem tocar para cada vez mais gente.

EDU FALASCHI: Eu não diria "bandas antigas", o Oasis também é velho. Meu ponto de vista é que no caso do Metal existe algumas coisas q não tem praticamente nos fãs de outros estilos, FIDELIDADE, PAIXÃO, DEDICAÇÃO. Nos outros estilos o cara não cria um conecção de alma com seu idolo, um dia é fã na outra semana já esqueceu, por conta de outra banda. No Metal naum, é pra toda vida, hámuito em jogo, SONHOS e ILUSÃO, por exemplo. Muitos dos fãs das bandas de Metal tocam instrumentos e tem suas próprias bandas. É como um grande "clã", uma nação altamente fanáica e apaixonada. O mais próximo do sentimento q abita o fã de metal q me lembro, é a paixão por um clube de futebol.

Você acha que essas bandas antigas ajudam a manter o rock pesado sempre funcionando? O que você acha que pode acontecer com o meio quando estas não existirem mais? Por que é tão dificil substitui-las?

EDU FALASCHI: Esse é o grande problema com a internet. Para se criar uma grande banda, um icone de verdade, uma lenda, é necessário muita grana, propaganda, marketing, midia, turnê mundial, etc. Um estrutura enorme q envolve milhares de pessoas. As gravadoras forneciam isso. Hoje em dia com a morte decretada de praticamente TODAS as gravadoras, será impossível criar ICONES. Isso não vai mais existir. Não se iludam aqueles que pensam que com um myspace ou site, ou blog, ou o que quer q seja na internet, mesmo que com 10 milhões de "page views", vai alcançar o nivel de estreato das bandas de outrora. Isso nunca mais vai acontecer. Tudo será rapido e descartável, os artistas futuros serão numa semana, "ROCK STAR" ou "POP STAR" e no fim do mês voltarão para seus antigos empregos.

Você acha que a reunião dessas bandas é por uma vontade, um tesão em voltar a tocar, ou elas estão apenas querendo ganhar uma grana a mais em cima dos sedentos fãs - bandas como Van Halen, Twisted Sister. Como é possível pessoas que se odeiam - como dizem ser a situação entre Steve Harris e Bruce, no Maiden - conviverem juntos na estrada?

EDU FALASCHI: É 100% dinheiro. Isso não existe de voltar por que sentiu saudades e se arrependeu das brigas do passado, ou pela música, hahaha, isso não existe. Só um completo idióta pensaria q o motivo é a música. O fato é que antigamente todos esses ex-aposentados viviam em suas mansões as custas de "Direitos Autorais" de obras e sucessos antigos. Com o completo fracasso nos recolhimentos de direitos autorais entre outros, todos os envolvidos, editoras, gravadoras, músicos, associações, etc. Se viram num "completo e sombrio deserto". Dessa forma a única maneira desses "dinossauros" conseguirem manter seu padrão de vida é fazendo shows. De certa forma isso é bom, "bora trabalhar macacada"!

Para terminar: o Angra e o Sepultura anunciaram há pouco uma turnê conjunta pela América LAtina. Como surgiu essa idéia, e qual a sua expectativa, e a das bandas envolvidas no geral, quanto a esses shows?

EDU FALASCHI: O Angra conta hoje em dia com a Monika Bass para vender os shows da banda, ela por sua vez é empresária do Sepultura, daí nos apresentou essa idéia e a gente achou bacana juntar pela primeira vez na história as duas maiores bandas de metal do Brasil. Estamos anciosos pra voltar pra estrada depois de quase 2 anos sem tocar com o Angra.

terça-feira, 31 de março de 2009

O REI DO MARKETING


Esse post do Greg sobre a “cerveja marley”, inspirada na lenda do reggae, Bob Marley, me lembrou de um outro músico que fez seu nome tranformar-se em marca para tudo o que é produto. Na verdade é uma banda inteira, que, inclusive, os brasileiros – ao menos algun milhares de paulistanos e cariocas – terão a oportunidade de assistir ao vivo na semana que vem: o Kiss.

Não acredita? Então dê uma olhada loja virtual deles - http://www.fanfire.com/cgi-bin/WebObjects/fanfire.woa/wo/7.13.5.1 - pois lá você encontrará guitarras, camisetas, vinhos, gibis, roupas de ciclista, camisinhas. De fato, esse é, sem sombra de dúvida, o grupo de rock mais marketeiro do planeta. E eles têm orgulho disso!
Quando digo “eles’, me refiro mais a “ele” do que a qualquer um outro, o baixista e vocalista Gene Simmons, que também é protagonista de um reality show de nome Gene Simmons`Family Jewels , em que o eterno linguarudo compartilha com o público o dia a dia com a sua família – semelhante ao programa “The Osbournes”, com outro famoso roqueiro dos anos 70.

O lendário Gene - meu conterrâneo, judeu e nascido em Israel - é o tipico sujeito que adora o capitalismo e tudo o que gira em torno dele, em especial, a publicidade. Vale tudo para vender sua imagem, que se tornou uma das mais conhecidas do mundo – provavelmente tanto quanto, ou até mais, do que à de Bob Marley, a inspiração para este post.

As entrevistas que vem dando ao longo da carreira são folclóricas – como o fato de afirmar ter transado com mais de 5 mil mulheres. Além do gosto por meninas ter se tornado uma de suas marcas - assim como a sua gigante língua - a paixão pelo dinheiro é algo que Gene tem gosto em falar. Um belo exemplo disso é esta frase: "Mozart não vendia merchandise porque não podia. Eu posso e venderei o que puder. Se quiser fazer um papel higiênico com o meu rosto impresso, eu farei. Você pode limpar a bunda com a minha cara, mas vai ter que pagar por isso". E não é exagero, já que o Kiss tem, entre seus outros produtos, além de alguns já citados no começo deste texto, skates, jóias e... até caixões(!!!). É isso mesmo que você leu: se, quando morrer, você quiser ser enterrado dentro de um caixão do Kiss, isso é possível e, segundo o próprio Gene, a demanda é bastante alta por um desses.

Ao contrário de outros artistas - que dizem não precisar mais de dinheiro, que tocam só por amor – o baixista fala para quem quiser ouvir, e até para aqueles que não quiserem, que, tudo aquilo que faz, pode até ter amor envolvido, mas é por dinheiro.


E viva Gene Simmons!


Assista a este vídeo em que o baixista comenta sobre a nova temporada de seu reality show, sua carreira solo, religião, casamento, entre outros assuntos bacanas:


http://www.youtube.com/watch?v=STlefVItU2k





Abaixo, um trecho do reality show Gene Simmons´ Family Jewels, exibido pelo canal a cabo A&E. Engraçado demais!



http://www.youtube.com/watch?v=0QkUWm_lTHw




E para aqueles que estão com dinheiro sobrando, e nunca viram o Kiss ao vivo, aqui vai uma prévia do espetáculo. A banda toca no Anhembi, em São Paulo, no dia 07 de abril – terça feira – e no dia 08, na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. É espetacular e vale a pena conferir!



http://www.youtube.com/watch?v=QoLx8RsHN0A


Para mais frases de Gene e seus companheiros e ex-companheiros de banda: http://jfkiss.br.tripod.com/jfkiss/id10.html


Reportagem do jornal “O Globo” sobre a vinda da banda o Brasil. Vale uma olhadinha:

http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/03/24/kiss-tem-mais-descarada-operacao-de-merchandising-do-rock-754976598.asp



O Kiss Kasket, o caixão do Kiss. O guitarrista do Pantera foi enterrado nele.

Bob Marley poderá virar marca de cerveja


Mesmo depois de sua morte, parece que o Bob Marley não terá descanso tão cedo. O Cantor é um dos maiores fenômenos de marketing na música mundial.

Depois de ter seu nome vinculado a inúmeros serviços, passando de Spa a parque de diversões e produtos de materiais escolares a sedas para enrolar baseados, e até mesmo o próprio baseado (a Phillip Morris já patenteou a marca “Marley” prevendo que, em um futuro próximo, a maconha seja legalizada), a novidade agora é a cerveja do Bob Marley.

Campanha humorística fictícia sobre a marca de cigarros Marley's

Há pontos de vistas conflitantes de parentes de Bob Marley sobre a recente decisão de sua família de usar sua imagem para uma nova linha de produtos, incluindo pranchas de snowboard e cerveja.

A esposa do cantor, Rita, defende que o negócio fechado com a companhia canadense Hilco, tem como objetivo impulsionar a lenda de Marley pelo mundo através do marketing. Mas Ziggy Marley, o filho mais velho do cantor, diz que ele está preocupado com seu pai tornar-se um produto.

A Hilco será responsável pelo suporte à marca “Marley”, assim como outras ligadas a ela, como a gravadora Tuff Gong e o museu de Bob Marley. A lista vai mais longe, Acessórios dos mais diversos, desde as usuais camisetas estampadas a uma linha mais requintada de vestuários esportivos, comes e bebes, instrumentos musicais, serviços como restaurantes, cafeterias, hotéis, resorts e até mesmo vídeo games e produtos para computador.

“Temos uma marca que já está carregada, mas tem áreas que podíamos estar melhor. Então eles (Hilco) disseram, ‘Vamos ajudar vocês’. “declarou Rita recentemente ao jornal Jamaica Gleaner

O negócio fará com que a empresa Hilco procure usos legais da imagem e nome de Marley. Mas a principal investida que da empresa será com a marca de roupas “Catch a Fire” de Cedella, filha de Bob Marley, lançando diversos produtos, que incluem uma cerveja Marley.

Falando ao Gleaner de Los Angeles, na semana passada, Ziggy disse que ele está “cético” quanto ao negócio com a Hilco.

“É uma decisão de família, mas eu não concordo plenamente com isso. Quero ter certeza que tudo está de acordo com a mensagem de meu pai, então verei como as coisas vão correr”, disse ele.

Já Sua mãe não vê nada de errado em produzir a cerveja Marley.

“Eu bebo cerveja, Bob bebia cerveja, seus amigos também bebiam. Ele nunca tomou (outros tipos de) álcool, mas ele amava Guinness”.

"Crack down"

O CEO da Hilco, Jamie Salter, tem a tarefa de mediar os negócios da marca e de acabar com a pirataria com o nome Marley. Ela disse ao CBC News do Canadá que os produtos Marley faturam 1 bilhão de dólares anualmente.

Bob Marley era um rastafari e um oponente do “sistema”. Muitos de seus sons tinham temas de revolta que o fizeram um ícone da contracultura de sua época.

Músicos como Bob Dylan e Bruce Springsteen não gostam do comercialismo em torno da imagem, enquanto outros como Rolling Stones já fizeram mega turnês patrocinadas por gigantes como a cerveja Budweiser.

Crescimento Significante

A imagem de Marley cresceu consideravelmente desde sua morte de câncer aos 36 em 1981. Legend, uma compilação, com seus mais conhecidos sons, vendeu mais de 15 milhões de cópias pelo mundo e é um dos álbuns que mais duraram no catálogo da Billboard.
A família Marley deu o nome do cantor para que usassem em diversos lugares, incluindo um parque temático na Flórida e um spa que abriu nas Bahamas em 2007.

Spa que leva o nome de Bob Marley em Bahamas

quinta-feira, 26 de março de 2009

O que o Radiohead tem a ver com a música Jamaicana?

“Reggae sempre bateu de frente com temas sombrios, mas consegue fazer isso numa maneira que dá esperança nos momentos mais cinzentos. A aproximação do Radiohead é similar”

Também aproveitarei o entusiasmo que a passagem do grupo causou por aqui e farei uma ligação com a nossa área.

Há alguns anos torcemos o nariz quando vimos o radiohead ligado à musica jamaicana. Talvez pela jogada de Marketing que estava armada.
O fato foi que, aproveitando o sucesso do grupo, a Trojan Records, em comemoração aos seus 40 anos, convidou alguns artistas a selecionarem músicas dos arquivos da gravadora, entre eles o guitarrista do Radiohead, Johnny Greenwood. Para não fazer feio, ele colocou por 6 meses em seu Ipod apenas músicas jamaicanas da gravadora. Nomes como Lee Perry, Ken Boothe, Marcia Griffths, Junior Byles.
Até que a seleção surpreendeu por conter alguns dos primórdios do reggae como as músicas "Let Me Down Easy" de Derrick Harriott e "I'm Still in love With You"

Capa do álbum "Johnny Greenwood is the controller"

e duas amostras do gosto musical do guitarrista do Radiohead


Com certeza foi um meio de levar o conhecimento da música jamaicana para esse público. O que hoje em dia acho muito válido.

A outra tentativa de aproximar o público do Radiohead à Jamaica, foi pelo trabalho do grupo Easy Star All-Stars.

A banda já era conhecida por ter gravado, com novas roupagens em Dub, um álbum em tributo ao Dark Side of the moon do Pink Floyd.O mesmo foi feito com o Radiohead. O álbum, lançado em 2006 e chamado de "Radiodread", conta com covers do terceiro disco da banda, "Ok Computer" e com a participação de artistas como Toots & Maytals, Horace Andy, Meditations, Israel Vibration, entre outros.

“OK Computer tem elementos que são perfeitos (para o reggae) - - letras fortes, uma atmosfera musical dinâmica, intensa e brisante. Por outro lado, tem um tempo musical complexo, muitas mudanças de acordes e coisas que tipicamente não são achadas no reggae. No entanto, quanto mais pensavamos, mais percebíamos que era esse o álbum que tínhamos de fazer. Radiohead deu sua benção às faixas que escutaram até agora, ficamos muito empolgados" disse Michael Goldwasser, produtor do disco.

A track List é idêntica a do disco oficial, nenhuma letra foi muito modificada. Com a permissão do Radiohead, apenas alguns trechos foram alterados, coisas para ficar com mais cara de Jamaica. Na música "Paranoid Android", no lugar de, "god loves his children" foi feito "jah loves his children".

O álbum recebeu diversas críticas, tanto dos fãs do Radiohead quanto dos fãs de música jamaicana. Isso é mais do que normal quando se está fazendo um trabalho desse tipo. Mexendo com fãs que não estão dispostos a ouvir novas roupagens para as músicas favoritas, e os avessos a verem seus artistas favoritos tocando os sucessos do Radiohead. Mas o próprio pessoal do Radiohead aprovou o resultado.

Aqui vai um exemplo do trabalho.